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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024

Ceará

Secretaria avalia criar mais 2 regiões de saúde no CE para maior suporte aos municípios

A possibilidade de desmembramento surge para um melhor controle das demandas dos pacientes no Estado

Redação Icó News
Por Redação Icó News
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Secretaria avalia criar mais 2 regiões de saúde no CE para maior suporte aos municípios
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A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) elabora uma proposta para desmembrar as regiões Norte e do Cariri, com a criação de outras 2 superintendências regionais de saúde, como forma de dar maior eficiência à gestão pública. Ainda não há uma data definida para a nova distribuição, mas estudos de fluxo devem ser feitos para embasar a mudança.

As informações foram repassadas pelo ex-presidente do Conselho Estadual da Saúde (Cesau) do Ceará, José Araújo Júnior e pela titular da Sesa, Tânia Mara Coelho, durante a posse dos novos conselheiros, na última sexta-feira (5).

O que motiva a proposta é a dificuldade em gerir a Região Norte e do Cariri devido à quantidade de cidades – são em torno de 50 em cada. “Sabemos que algumas regiões têm um grande número de municípios e isso faz com que a gente crie mais superintendências para que possamos estar mais perto dos municípios", avalia Tânia Mara.

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AS ATUAIS 5 SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS DE SAÚDE

  • Fortaleza: 44
  • Sertão Central: 20
  • Litoral Leste/Jaguaribe: 20
  • Norte: 55
  • Cariri: 45

As superintendências são responsáveis por implementar as políticas públicas definidas pela Sesa, coordenar e monitorar a gestão financeira, dentre outras atribuições. Isso gera uma grande demanda, como avalia José.

"(Na região de saúde de) Sobral são 55 municípios é humanamente impossível acompanhar a superintendência, assim como é desafiador no Cariri acompanhar os 45 municípios. São exemplos de que temos de desmembrar", acrescenta.

Com detalhes sobre cenário da saúde nas cinco regiões do Estado, Sesa lança Planos de Saúde Regional

No entanto, não existe uma divulgação de como deve ficar o novo mapa das regiões de saúde ou quando isso deve acontecer, como explicou a secretária.

"Estamos avaliando, porque para a gente dividir o Estado em novas regiões precisamos estudar fluxos e toda a rede. Neste momento, estamos com o programa de fortalecimento da atenção primária no Leste/Jaguaribe e vamos entrar no Cariri também”, conclui.

 

 
Tudo isso faz com que a gente pense, cada vez mais, que a regionalização é o caminho e a gente quer que as regiões se tornem independentes em áreas de saúde.
TÂNIA MARA
Secretária da Saúde do Ceará

 

A continuidade da regionalização da saúde, inclusive, é um desafio para a nova gestão do Cesau, com a posse de 66 conselheiros – sendo 50% usuários do serviço público, 25% de profissionais de saúde e 25% de representantes do governo e prestadores de serviços de saúde.

"Fazer saúde é uma construção coletiva, é estar com a comunidade, não podemos ficar numa bolha sem interlocução com os profissionais da saúde, os gestores e, principalmente, com os usuários", frisa José.

REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE

A criação das regiões de saúde são parte da estratégia da regionalização dos serviços de assistência – uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) que orienta o processo de descentralização das ações e serviços de saúde.

As Superintendências também são responsáveis por emitir pareceres sobre os projetos e as demandas voltados para atenção ambulatorial especializada, para as redes de urgências e emergências e de atenção à saúde bucal, por exemplo.

Em cada região de saúde, inclusive, há um hospital regional, Centros de Especialidades Odontológicas e policlínicas para o atendimento especializado e de alta complexidade.

CONFIRA OS OBJETIVOS DA REGIONALIZAÇÃO:

  • Garantir acesso, resolutividade e qualidade das ações e serviços de saúde;
  • Garantir a integralidade na atenção à saúde, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos exigidos para cada caso, em todos os níveis complexidade do Sistema;
  • Reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a equidade, sem distinção entre as pessoas, sem preconceitos ou privilégios, produzindo uma discriminação positiva para os mais necessitados;
  • Fortalecer o papel dos estados e dos municípios para que exerçam suas funções gestoras, visando racionalizar os gastos e otimizar a aplicação dos recursos.
FONTE/CRÉDITOS: DN

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